(en español y en portugues)

SÓLO EL 53% DEL AMAZONAS ESTÁ INTACTO

por Herton Escobar

Cerca de 25 millones de personas abandonaron sus casas en final del siglo pasado en función de desastres ambientales que resultaron de la acción directa o indirecta del hombre en el medio ambiente. Inundaciones, tempestades, aumento del nivel del mar, desgaste del suelo y desertificación provocaron, en 1988, mas migraciones de que las guerras y los conflictos armados juntos, segun un Relatorio de Desastres del Comité Internacional de la Cruz Roja.

     Uno de los mapas mas detallado ya producidos sobre el estado de conservación del Amazonas muestra que 47% de la floresta ya fue desmatada (destruída), ocupada o alterada por el hombre. El estudio, coordenado por el Instituto del Hombre y Medio Ambiente del Amazonas va más allá de las imágenes de satélite usadas para los cálculos anuales de desmatamiento, que muestran apenas la diferencia entre entre áreas desmatadas (17%) y no desmatadas (83%).

     "Tenemos que salir de esa dicotomía. El cuadro real del Amazonas es mucho mas complejo", dijo el investigador Adalberto Veríssimo. 

     "Además de los 17% desmatados, hay, por lo menos, más 30% de la floresta 'presionada'. Apenas 53% de ella permanece verdaderamente intacta", agregó.

     El estudio combina imagenes de satélite hasta el mapeamiento de indicdores de impacto ambiental, coo areas urbanas, agropecuarias, asentamientos, mineración y areas de fuego. "La floresta 'intacta' vista desde el espacio es apenas un camuflage. Por abajo de las copas de los árboles, mucha cosa está sucediendo", dijo Veríssimo.

     De los indicadores de "presión" todavía quedaron dos por afuera: caminos ilegales y extracción selectiva de madera. O sea, el corte de especies seleccionadas de alto valor, sin la retirada completa de la floresta. Ambos son muy difícil de ser detectados por imagenes de satélite, mas deberán ser incluídos en la próxima edición del relatorio en 2007. La tendencia es que esa estimativa de 47%, aumente.

     Los investigadores esperan que las informaciones sean usadas en la elaboración de políticas públicas, identificando areas donde la presión humana amenaza la sobrevivencia de la floresta. "Al fin, es un mapa de vulnerabilidad", dice Paulo Barreto, primer autor de dicho estudio. Y agregó: "Los números del desmatamiento divulgados año tras año son importantes, pero precisamos de herramientas para bloquear el proceso antes".

     El estudio muestra que casi la mitad de las areas consideradas principales para la conservación de la biodiversidad y por lo tanto para la creación de unidades de conservación ya está sobre alguna forma de "presión". Los impactos más significativos ocurren a lo largo de las rutas y alrededor de las areas urbanas. Cerca del 80% del area total desmatada está a menos de 30 km. de una ruta oficial.

     El relatorio divulgado en la Octava Conferencia de las Partes de la Convención de las Naciones Unidas sobre Diversidad Biológica, en Curitiba, fue hecho en colaboración con el Instituto de Recursos Mundiales.

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SÓ 53% DA AMAZÔNIA ESTÁ INTACTA

Por Herton Escobar

Cerca de 25 milhões de pessoas abandonaram suas casas, no fim do século passado, em função de desastres ambientais resultantes da ação direta ou indireta do homem no meio ambiente. Inundações, tempestades, elevaão do nível do mar, desgaste dos solos e desertificação provocaram, em 1988, mais migrações do que as guerras e os conflitos armados juntos, segundo Relatório de Desastres do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

     Um dos mapas mais detalhados já produzidos sobre o estado de conservação da Amazônia mostra que 47% da floreta já foi desmatada, ocupada ou alterada pelo homem. O estudo ,coordenado pelo Instituto do Homem e meio Ambiente da Amazônia vai além das imagens de satélite usadas para os cálculos anuais de desmatamento, que mostram apenas a diferença entre áreas desmatadas (17%) e não desmatadas (83%)

     "Temos de sair dessa dicotomia; o quadro real da Amazônia é muito mais complexo", disse ao Estado o pesquisador Adalberto Veríssimo.

     "Além dos 17% desmatados, há, no mínimo, mais 30% da floresta pressionada. Apenas 53% dela permanece verdadeiramente intacta", agregou.

     O estudo combina imagens de satélite ao mapeamento de indicadores de impacto ambiental, como áreas urbanas, agropecuária, assentamentos, mineração e áreas de fogo recorrente. "A floresta 'intacta' vista do espaço é apenas una camuflagem", diz Veríssimo.  "Por baixo da copa das árvores, muita coisa está acontecendo".

     Dois indicadores de pressão ainda ficaram de fora: estradas ilegais e extração seletiva de madeira - o seja, o corte de espécies selecionadas de alto valor, sem a remoção completa da floresta. Ambos são muito dificeis de serem detectados por imagens de satélite, mas deverão ser incluídos na próxima edição do relatório, em 2007. "A tendencia é que essa estimativa de 47% aumente". 

     Os pesquisadores esperam que as informações sejam usadas na elaboração de politicas públicas, identificando áreas onde a pressão humana ameaça a sobrevivência da floresta. "No final, é um mapa de vulnerabilidade", afirma Paulo Barreto, primeiro autor do estudo. "Os números do desmatamento divulgados ano a ano são importantes, mas precisamos de ferramentas preditivas, para bloquear o processo antes".

     O estudo mostra que quase metade das áreas consideradas prioritárias para conservação da biodiversidade -e, portanto, para a criação de unidades de conservação- já está sob alguma forma de pressão. Os impactos mais significativos ocorrem ao longo de estradas e no entorno de áreas urbanas. Cerca de 80% da área total desmatada está a menos de 30 quilômetros de uma estrada oficial.

     O relatório, divulgado na 8a. Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, em Curitiba, foi feito em parceria com o Instituto de Recursos Mundiais.